Psicólogo Alex Pereira Leite

Formação: Universidade São Judas Tadeu – 2011 Especialista em Psicologia do Desenvolvimento – 2015 Psicoterapia para adolescentes e adultos em geral. Psicólogo Educacional no SESI/SENAI Ap. de Goiânia. Psicólogo Clínico na Rede de Psicologia. CRP: 09/10101. Terapia Focada nas Emoções / Psicologia Humanista.

As brincadeiras e sua importância

Atualmente nossa sociedade vive na era da tecnologia, onde os avanços nessa área são cada vez maiores e mais rápidos. Difícil acreditar que apenas 20 anos atrás era raro encontrar alguém que tivesse um telefone celular, este que apenas fazia ligações. Com as mudanças a nossa tendência é manter-se atualizado, acompanhar as modificações na sociedade.

Seguindo essas tendências, hoje muitas crianças demonstram interesse em brincar apenas utilizando equipamentos eletrônicos como tablets e celulares. Para os pais ou cuidadores é um alívio, a criança se comporta do jeito que o adulto quer, não gerando demandas de atenção e correção. Vale lembrar que a criança constrói esse interesse porque o adulto desde cedo sempre estimulou ela ao uso desses aparelhos.

A falta de brincadeiras pode influenciar no desenvolvimento da personalidade das crianças, trazendo muitas vezes dificuldades de adaptação no desenvolvimento dele como indivíduo na sociedade.

Durante a infância o ser humano não tem a capacidade de abstrair pensamentos ou criar hipóteses, segundo Piaget, a partir dos 6 anos somente é que a criança começa a desenvolver uma linguagem socializada, onde começa a se socializar com a dificuldade de entender pontos de vistas diferentes. A elaboração do pensamento de forma mais complexa se inicia apenas após os 12 anos de idade.

Mesmo a criança não entendendo o mundo como os adultos, ele é capaz de aprender e reproduzir o conhecimento, as brincadeiras colocam a criança em contato com muitos elementos do mundo adulto. A criança que tiver contato com esses elementos, irá desenvolver as habilidades no futuro de forma mais consistente e assertiva, ampliando assim o repertório de comportamentos, aumentando as chances de adaptação social e amadurecimento pessoal.

Talvez o ponto mais importante das brincadeiras é o fortalecimento do vínculo entre a criança e a pessoa que brinca com ela, essa interação faz com que a criança crie laços de confiança com a pessoa que brinca, o adulto já é visto pela criança como detentor do poder, ele só precisa manter os valores de honestidade e transparência das brincadeiras. Como todos jogos possuem regras, o adulto deve segui-las, ensinando para a criança a importância de existirem regras, mostrando que existe uma organização na brincadeira.

As brincadeiras ajudam na socialização com outras crianças, auxiliam elas a ter paciência esperando a sua vez de jogar, estimula a psicomotricidade e lateralidade nos jogos que exigem atividade física, favorece no aprendizado da linguagem falada e escrita, pode estimular no treino de operações matemáticas e lógicas, cada brincadeira pode oferecer um tipo de benefício no desenvolvimento da criança, de acordo com a natureza de cada brincadeira.

Permitir que a criança brique apenas em jogos eletrônicos, por outro lado, não favorece a socialização já que a criança brinca sozinha, não estimula a psicomotricidade e lateralidade pois não exige atividades físicas, também não favorece o vínculo com qualquer adulto, pois a criança não precisa do adulto para brincar, apenas do equipamento.

Devemos nos preocupar com as fases de desenvolvimento das crianças e com as necessidades delas de acordo com a idade, jogos eletrônicos podem trazer benefícios, desde que não utilizados de forma indiscriminada. O desenvolvimento adequado das crianças só depende de seus pais e responsáveis, crianças precisam de atenção, crianças querem atenção, basta que os adultos olhem menos para si e mais para as crianças, todos adultos podem ser educadores.

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